segunda-feira, 30 de maio de 2016

Estupro no Vale sobe 9% e ultrapassa média de SP

Estupro no Vale sobe 9% e ultrapassa média de SP

Estudo divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) indicou que uma em cada 10 mulheres já sofreu abuso sexual no mundo
Divulgação

João Paulo Sardinha
São José dos Campos
 Violência contra a mulher. Estudo divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) indicou que uma em cada 10 mulheres já sofreu abuso sexual no mundoO caso da adolescente de 16 anos, vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro, na semana passada, joga luz sobre o fato de que esse crime é cometido diariamente em todo o país, incluindo as cidades da RMVale
.
Entre janeiro e abril deste ano, foram 209 estupros na região, de acordo com dados oficiais do Estado -- um aumento de 9,42% em relação ao mesmo período de 2015, quando houve 191 registros.
A situação é ainda mais alarmante em São José dos Campos, onde esse tipo de crime teve alta de 111,7% -- de 34 para 72 casos na comparação entre janeiro e abril do ano passado e de 2016.
O drama dessas mulheres, no entanto, é silencioso. Dificilmente ganham a repercussão midiática do caso envolvendo a jovem carioca, violentada por ao menos 30 homens. Os criminosos ainda divulgaram vídeos na internet.

Análise.  Segundo Sandra Faria Batista, diretora executiva do Centro Dandara, que presta apoio à mulheres vítimas de violência, boa parte dos casos ocorre dentro de casa. E, muitas vezes, a vítima evita denunciar o agressor.
"Existe a cultura machista de que o homem, o marido ou o namorado pode tudo. Na mídia e na escola há desvalorização da mulher, que a deixa vulnerável. Prega-se o empoderamento do homem em relação à mulher", afirmou.

Preconceito. Uma parcela das mulheres, quando vítima desse tipo de crime, evita procurar a delegacia ou atendimento em unidades de saúde.
O medo e a vergonha ainda impedem que muitos crimes sejam denunciados. A maneira preconceituosa que o assunto é tratado ajuda a entender o problema. "Não tenha dúvida que essa estatística ainda é muito velada", disse Sandra.
"Existe um preconceito grande. Quando uma mulher é estuprada, há quem pense: 'mas que roupa ela estava usando?'. Como se ela pedisse para ser violentada", completou.
Estado.
Em São Paulo, os estupros cresceram 2,4% no comparativo entre os quatro primeiros meses de 2016 e 2015.
Fonte :ovale
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