quinta-feira, 23 de junho de 2016

Porto de São Sebastião quer se tornar polo exportador de gado

Xandu Alves
São José dos Campos

O Porto de São Sebastião, no Litoral Norte, está na mira de empresas nacionais e internacionais para se tornar polo exportador de animais vivos, em especial de bovinos. A atividade pode gerar emprego e movimentar a economia na região.

Neste final de semana, um navio da empresa australiana Wellard Rural Export começa a embarcar gado vivo brasileiro que será enviado para a Turquia. A carga total pode chegar ao número recorde de 22 mil animais, volume que movimentará US$ 20 milhões. A primeira etapa da operação embarcará 6.500 cabeças neste final de semana.

Guerra.  O embarque dos animais exige uma operação quase de guerra, incluindo passagem pela Rodovia dos Tamoios em esquema especial para evitar a formação de longas filas de caminhões, os comboios.

O gado está confinado em uma fazenda em Guapiaçu (SP), na região de São José do Rio Preto, e exigirá 240 viagens para ser todo deslocado ao Porto de São Sebastião.

Movimentação.
Será o segundo embarque de animais vivos no porto neste ano.
No início de junho, a estrutura recebeu 4.700 animais também despachados para a Turquia, país que entra no rol dos principais compradores.

Segundo exportadores, o Porto de São Sebastião, que é administrado por uma companhia de economia mista ligada ao governo estadual, embarca animais vivos desde 2001, com saldo de 94,5 mil, sem contar os exportados em 2016.

Nesse período, os principais compradores foram Angola e Venezuela, com respectivamente 39.900 e 28.900 animais. Países europeus, asiáticos, africanos e do Oriente Médio, como Turquia, Líbano e República Democrática do Congo, são outros fortes compradores do gado brasileiro.

"Temos muito interesse em transformar o Porto de São Sebastião em um polo exportador de gado vivo", diz Valdner Bertotti, diretor da VB Agrologística, responsável pelo embarque dos 22 mil animais.

Vantagens. Segundo ele, o porto tem o tamanho ideal para esse tipo de carga e conta com apoio da autoridade portuária para movimentar animais vivos, operação que exige procedimentos rígidos de inspeção e segurança. "Por ser bem localizado, o porto pode se tornar o maior exportador de gado vivo do Sudeste", afirma Bertotti.

Ele cita ainda a logística para transporte da carga, por estar o porto bem localizado entre São Paulo, Minas Gerais e parte da região Centro-oeste do país. "Conseguimos comprar animais em um raio de 500 km do porto, visando assim o bem estar do animal", completa o empresário.

Empregos. Mais embarque de animais vivos representa mais empregos para a região. É assim que avalia o analista Alex Lopes, da Scot Consultoria, de Bebedouro (SP), especializada em agronegócio, sobre a movimentação de animais vivos no porto.
"Quando falamos de concorrência, não tenha dúvida que é extremamente interessante", afirma Lopes. "Começa a fornecer condições de negociar melhor o gado. E isso beneficia a indústria e gera emprego. É interessante para o pecuarista", diz.
Fonte:ovale

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