![Briga judicial. Thiaguinho, Péricles e Pinha, desde dezembro de 2015 vem fazendo tentativas por via judiciais para impedir a retomada das atividades do grupo Exaltasamba com os novos integrantes](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tdLOCRmrrNUl2YuTstWiQFz1POAysLWQfwewMsSBEZXB0uhrhpq_jL--b_itu3wjlR8-JLQbfAPXTG7E9-OV7FU8rVl7ziGsiKfM7_QSK7V3zXgznB7GBBy_wp_VGWvJfnyEmlF0pXOfPxcjg3OfCIQoqAB8XNGO2ZC32LOmrjMQFslgz3f5qCR4W6IENj099aBt4FzwdeVJR1J5GvkQ=s0-d)
De um lado um grupo de samba comemorando 30 anos de existência. De
outro, uma batalha judicial entre antigos integrantes. Esse é o cenário
do Exaltasamba, grupo que ganhou na justiça no ano passado -- por meio
de dois de seus antigos fundadores (Brilhantina e Thell)-- os direitos
de voltar a fazer show.
Saem de cena Thiaguinho, Péricles e Pinha. Entram Rommero (ex-The
Voice), Jeffinho e Nego Branco. Em um bate-papo exclusivo com
OVALE, os rapazes contam o hiato do grupo, a nova fase e o disco que vem por aí. Confira!
Foram quatro anos até o retorno Exalta. O que fizeram ao longo desse hiato?
Brilhantina: A pausa forçada, para mim, foi muito ruim. Fiquei sem
trabalho durante quatro anos. Senti muito o fato de estar fora dos
palcos. Fui morar longe de São Paulo porque logo após Thiaguinho,
Péricles e Pinha terem decidido pela paralização das atividades do
Exalta, passei a sofrer uma pressão muito grande nas ruas, com as
pessoas me perguntando a todo instante sobre a questão.Mas hoje, estamos
de volta, graças a Deus e à justiça dos homens.
Vocês conseguiram na justiça os direitos de explorar os direitos
do grupo, como herdeiros do Exalta. Como tem sido a recepção dos fãs?
Thell: Têm nos surpreendido a cada dia. Não esperávamos que
teríamos o carinho do público de uma maneira tão rápida. Tem sido muito
bom. Estamos agradecidos.
Como é a relação de vocês com os ex-integrantes?
Brilhantina: A gente praticamente não se vê mais. A possibilidade de
trabalharmos juntos novamente, da minha parte, não existe mais. Mas o
futuro pertence a Deus, ele sabe das coisas.
O Pinha preferiu não fazer parte dessa nova etapa?
Thell: Em junho do ano passado, busquei contato com ele com o objetivo
de marcar uma reunião para discutirmos uma eventual retomada das
atividades com novos cantores. E em julho, ele lançou-se oficialmente em
carreira solo, como cantor, o que para nós formalizava o terceiro
abandono ao Exalta.
Rommero, aliás, um dos vocalistas, seguiu a mesma trajetória do
Thiaguinho: saiu de um "talent show" e ingressou em um grupo consagrado
por fãs de samba.
Você tem sentido algum tipo de pressão?
Rommero: Eu era fã do grupo. O convite surgiu de forma inesperada. Eu
estava com meu projeto de carreira solo para ser lançado, mas veio essa
surpresa. Me procuraram primeiro por meio das redes sociais, depois
recebi um telefonema. Não acreditei. Agora vejo que estou em um dos mais
respeitados grupos de samba e pagode do país.
O Jeffinho também já era fã do Exalta. Como tem sido a experiência de estar no palco com seus ídolos?
Jeffinho: Tem sido maravilhoso. Cada show é como se fosse o primeiro, e
procuro viver cada segundo intensamente! É a realização de um sonho
integrar um grupo que sou fã e ter a oportunidade de defender um nome
tão importante para a música popular brasileira. Ao mesmo tempo, é um
desafio grande.
Mas como funcionará os três vocalistas no palco?
Rommero: Dividimos o show, como já era antes. Mas, na nova proposta, são
três cantores de escolas diferentes do pagode e do samba. Cada um tem
seu momento, a sua hora no palco.
O nome do novo EP de vocês é "O Mundo está Girando". É algum "recado"?
Rommero: Não tem recado não. Se fosse isso o nome do EP mais adequado
seria "Pé na Porta", que é o titulo da primeira faixa. Até porque a
volta foi possivel graças a uma decisão judicial.
Me conte sobre a produção do novo disco. O EP tem várias músicas românticas.
Jeffinho: Como desde o anuncio da volta do Exalta no inicio de outubro
de 2015 , o Brilhantina e o Thell já vinham recebendo músicas de vários
compositores de todo o país. Logo definimos as canções do EP.
Nego Branco: Acho que não temos o compromisso em ser mais ou menos
românticos. Mas, sim, em termos uma linguagem e arranjos modernos e
atualizados. Queremos atingir perfis diferentes de públicos.
O que o publico pode esperar dessa nova etapa?
Nego Branco: Um Exaltasamba renovado e atualizado dentro de uma nova
época em que a internet mudou bastante a forma do brasileiro se
comunicar no dia a dia. Será um grande desafio para todos nós na vida
profissional, porém tenho a certeza que será o florescimento da
continuação dessa história linda do grupo. Não viemos para substituir
ninguém, ao contrário, viemos para continuar a história é deixá-la ainda
mais bonita , mostrando que o legado do Exalta não pode ter um final.
fonte;ovale
Paula Maria Prado
São José dos Campos